Ao nível do Património Florístico, no Litoral Norte foram inventariadas 240 espécies de plantas, repartidas por 15 habitats descritos na Directiva Habitats (Decreto-Lei 140/99 de 24 de Abril), dos quais 5 são considerados prioritários:
- Dunas fixas com vegetação herbácea;
- Lagunas costeiras;
- Florestas dunares de Pinus pinea e/ou Pinus pinaster;
- Carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica
- Florestas aluviais residuais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior (Alnion glutinoso-incanae).
Verifica-se ainda a existência de 12 espécies exóticas invasoras como são o caso da Acácia (Acacia longiforme), Eucalipto (Eucaliptos globulus) ou Chorão (Carpobrotus edulis).
A Flora é a base de qualquer ecossistema, constituindo dessa forma um elemento essencial na manutenção da homeostasia nas relações entre os seres vivos. O seu conhecimento permite prever o tipo de organismos que utilizam o estrato vegetativo nas suas actividades vitais, e dessa forma proteger habitats e espécies de maior interesse conservacionista.
Os estuáriosNos estuários, a mistura de água doce do rio e com a água salgada do oceano provoca a ocorrência de deposição de sedimentos que permite o desenvolvimento de vegetação aquática específica.
Nas zonas húmidas ribeirinhas de sapais e salgados, onde as marés e os níveis de salinidade são determinantes, verifica-se a predominância de espécies adaptadas ao sal, chamadas halófitas. No “alto sapal”, mais longe da linha de água ou nos taludes das marinhas, domina a salgadeira (Atriplex halimus); mais abaixo surgem as gramatas Salicornea europaea, Sarcocornia ramosissima e Halimione portucaloides e finalmente pode surgir, na zona que fica submersa com as marés, a Spartina maritima
Os prados salgados e os matos halófitos são os habitats que ocorrem em maior abundância, em especial no rio Cávado, onde surgem espécies como o junco (Juncus acutus) e a Arméria (Armeria marítima).
Juncus acutus Armeria marítima
Salicornea europaea Halimione portucaloides
Sem comentários:
Enviar um comentário